sexta-feira, 17 de julho de 2009

Como tudo começou...

Já nos conhecíamos desde meados de 2001...mas pelos diferentes grupos de amigos, nunca chegámos a "interagir" muito um com outro. Passado pouco tempo, deixei de saber de ti. Nunca mais ouvi falar de ti. Ainda me lembro da última notícia: "Casou-se, foi viver para fora de Lisboa". Pronto, que seja feliz, pensei eu.
5 anos depois...estava eu no café com um amigo, na conversa, quando entras tu com um amigo nosso...ainda me lembro de ter ficado a pensar, como estavas diferente desde a última vez que te vi. Estavas mais...mulher, mais madura. Estavas de cabelo apanhado, tal como sempre gostei de te ver. Sentaste-te na mesma mesa, e começámos a falar os 4. Nada de mais, conversa amena, recordar encontros anteriores, etc. Eventualmente, lá tivemos que ir embora. Despedi-me de ti, e fiquei com a tua imagem na cabeça. Aquele momento a entrares no café, ficou-me gravado na mente. Como se alguma fosses a peça que falta de um puzzle. Como não tinha o teu nº, resolvi ir pelo meio mais básico que me lembrei...pedir-te pelo hi5! Mas como ia dar muito nas vistas pedir só o teu, fingi que queria o do outro amigo e já que estava com a mão na massa, pedi também o teu. Pronto, pedi-te só o email do MSN. Isto em Setembro...O tempo passou, e estranhei a ausência de resposta. Talvez não estivesses interessada, mas voltei a insistir. Quase no final de Outubro, respondes...dás o teu e o do nosso amigo. E assim adicionei.
No dia seguinte, encontras-me online e metes conversa comigo. Sei que passámos 2 dias inteiros, de manhã à noite na conversa. Só a parar para dormir. Contaste-me coisas que não sabia, já te tinhas separado, estavas a viver em casa do teu irmão algures no alentejo, etc. Criou-se uma enorme empatia. Já só pensava em ti. A certa altura, contas-me que queres vir cá á cidade passar uns dias com a tua avó. Mas que seria difícil vires de transportes, senão só de boleia no final do mês. Como eu queria estar contigo rapidamente, ofereci-me para te ir buscar. E assim foi.
Quando vínhamos no carro a caminho de cá, lembro-me de ter feito uma piada e de nos termos rido sem parar durante algum tempo. Instintivamente, sem dar conta, dei-te a mão...segurei na tua e olhaste para mim. Sinceramente, esperava que a tirasses...mas não, apertaste a minha e fizeste festas. Foi aí que soube que alguma coisa iria nascer dali...
Chegámos a casa da tua avó, por volta da hora do jantar. Ajudei-te a levar as malas para o prédio, e ficámos uns minutos na conversa. Combinámos fazer qualquer coisa depois de jantar. Na despedida, foi sem pensar...beijei-te...mesmo à porta do teu prédio, beijei-te...lembro-me perfeitamente da sensação, da tua língua, da tua mão na minha cara, de eu te agarrar...e do teu vizinho a entrar no prédio! E fui jantar...
2 horas depois, vim buscar-te...o entusiasmo era grande! Sem ideias do que fazer, e levado pela alegria, resolvi fazer o que nunca fiz com ninguém...levei-te ao meu sítio, ao meu refúgio...ao único local que me acalma quando preciso, onde posso estar sossegado. Sempre me disse que nunca levaria lá nenhuma namorada, nenhuma curte, nenhuma amiga. E até te ter conhecido, algumas passaram, e sempre ficou virgem de raparigas. Até que te levei...levei-te porque senti que devia levar, porque algo me chamou para te levar. Sei que adoraste...sei que te sentiste calma e sei que te acalmou. Conversámos durante algum tempo, brincámos, rimos, etc. Até que te perguntei...

"Bom...depois disto tudo, como ficamos...? Andamos...?"

Olhaste para mim, e pediste-me calma. Tinhas ainda muito por resolver, muito para tratar na tua vida, e nem sequer estavas a viver cá. E a minha relação com o teu irmão, não era das melhores, mas isso já são outros assuntos. Concordei, vamos com calma, não falamos disto a ninguém, e vamos ver no que dá.
Digo-te, que o início desta relação entusiasmou-me. E levado por isso, resolvi apresentar-te a uma das pessoas mais importantes da minha vida: a minha sobrinha. Obrigatoriamente, ias ter de conhecer o resto da família, e tu nem sequer te importaste...e assim, tornou-se oficial. Passaste a viver cá, em casa da tua avó. Contaste a quem conhecias, e a quem de direito. Começou a nossa relação...

Quase 3 anos depois, ainda me lembro de várias conversas que fomos tendo.

"Se soubesse que ia ficar contigo, nunca me tinha casado e tinha começado contigo quando nos conhecemos"

Adorei o teres dito isso...ficou-me gravado na memória.
E foi assim que começou...a relação mais bonita que tive. A relação, que apesar de tudo, adorei e que vou lembrar durante muito tempo.

E no final, só tenho uma coisa a dizer...
Ainda me corres nas veias...

1 comentário:

Limão disse...

que bela história de amor :)
beijinho